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"Estava doente e visitastes-me..."

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A espiritualidade do cooperador voluntário

A espiritualidade é

  • um conceito plural

  • é uma resposta às grandes perguntas do H.

  • visa dar um sentido à vida

  • integra as diversas componentes do homem – corpo e alma; necessidades e valores; emoções e sentimentos ...

 

O Cooperador voluntário, Quem é?

  • Um cristão, católico, que na capelania, em nome da Igreja, exerce um trabalho pastoral

 

A espiritualidade está centrada em Cristo, Visa conformar-se a Jesus Cristo

Diz S. Paulo:  “Para mim viver é Cristo”

 

Alguns elementos desta espiritualidade

 

  • Jesus é o Voluntário do Pai – sendo Deus se fez Homem trazendo-nos o Evangelho da Salvação
  • A parábola do Bom Samaritano (amor ao próximo) condensa a atitude misericordiosa de Jesus:

1.     O samaritano viu um homem caído

2.     Encheu-se de compaixão

3.     Aproximou-se

4.     curou as feridas com óleo e vinho

5.     ligou-lhe as feridas

6.     pô-lo na sua montada

7.     levou-o a uma hospedaria

8.     cuidou dele

9.     ao outro dia pagou para cuidar dele

  • Conformar-se a Jesus Cristo é sentir-se desafiado a fazer o mesmo: estava doente e visitaste-me. (Quando fizeste isto a um dos meus irmão mais pequeninos, a mim o fizeste)
  • O encontro de Jesus com os doentes ocupa-lhe grande parte da agenda quotidiana. A cura dos doentes é num sinal da presença do reino, do amor salvador do Pai ...

 

Espiritualidade centrada em Cristo crucificado e ressuscitado

 

Jesus transformou o seu sofrimento em fonte de cura para o homem. A cruz é expressão de amor curador, escândalo para os Judeus e loucura para os gentios.

O crucificado é o polo fulcral daquele que se dedica ao serviço dos enfermos. Jesus, ao assumir a cruz, pôs-se ao lado dos débeis, dos enfermos, dos pobres. Mais, assume todo o sofrimento.

Para seguir o caminho de Cristo, o cristão ao serviço da saúde  está chamado a tomar consciencia  das suas feridas, debilidades, e dentro da sua fragilidade, no mesmo momento que a encontra, descobre a força curadora e libertadora de Deus. Desta forma se assemelha a Cristo, terapeuta ferido.

A decisão de centrar tudo no crucificado conduz à vitória sobre o mal que pressupõe a ressurreição. Inclusive nos momentos de mais sofrimento, Deus está presente como consolo: “bendito seja o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Pai misericordioso e Deus de toda a consolação, que nos consola na tribulação para que nós possamos consolar aos que estão em tribulação, mediante o consolo que nos vem de Deus!” (2Cor 24,26).

A palavra do Apóstolo ajuda-nos a compreender que a integração das nossas próprias feridas pode converter-se em cura para os outros. Através da conciencialização e aceitação da dimensão negativa da vida, desenvolve-se na pessoa sentimentos de compreensão, participação, de compaixão, que nos tornam próximos dos outros, com a intenção de ajuda-los a percorrer o mesmo caminho de cura.

 

O Cooperador voluntário vive a espiritualidade missionária da Igreja

  • É enviado ao mundo da saúde
  • Como o Pai Me enviou, também eu vos envio”...(Jo, 20,21) “...e chamando os doze, deu-lhes poder sobre os espíritos impuros  e para curar os doentes de todas as enfermidades. Proclamai que o Reino de Deus está próximo. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça” (Mt 10, 1.7-8).

O cooperador voluntário vive uma espiritualidade eclesial.

  • Membro da Igreja, vive a comunhão com os outros irmão, partilha do ministério dos baptizados : Nos Actos (2, 42-48) os cristãos eram assíduos à palavra, à oração comum, à celebração dos sacramentos, sobretudo à eucaristia, à partilha dos bens ....

     
  • Numa Igreja que vive a comunhão desenvolve-se a solidariedade fraterna, a solicitude pelos que sofrem - “se sofre um membro, todos os demais sofrem com ele” (1 Cor 12,26).

     
  • A espiritualidade eclesial é também uma espiritualidade voltada para os outros, ao jeito do bom samaritano, das obras de misericórdia. Este facto se parte de intenções sobrenaturais (fé, docilidade ao Evangelho, desejo de dar testemunho ...), exige um conjunto de qualidades: o respeito do outro, a compreensão, a aceitação, o carinho ... mas também a confrontação (relação de ajuda).

     
  • Uma espiritualidade eucarística – o serviço que se presta ao homem pelo compromisso na saúde adquire na eucaristia sentido e tem nela sua fonte e norma. Jesus pediu aos discípulos que perpetuassem a sua memória através da Eucaristia. Na celebração da Eucaristia o cristão encontra Cristo, divino samaritano das almas e dos corpos, o Crucificado, expressão suprema do amor de Deus, o Ressuscitado. Deste encontro retira a capacidade para fazer da sua existência um seguimento de Jesus, um relato do amor de Deus na vida partilhada em solicitude com os irmão que sofrem.

  • Espiritualidade da esperança – que aponta os novos céus e a nova terra, a ressurreição, mas que não tem medo do negativo, da cruz. É uma “esperança crucificada” que se abre à ressurreição. 
    A esperança bíblica é muito mais do que uma atitude optimista. Não consiste em fugir das dificuldades presentes para refugiar-se no futuro, mas em fazer que o futuro do homem entre no presente, convertendo-o em manancial de vida. Assim, a esperança transforma-se iniciativa que impulsiona o cristão a lutar contra tudo o que impede a realização a que o homem é chanmado.
    O Cooperador Voluntário vive uma espiritualidade mariana. Proclama a rendição incondicional à soberania de Deus, confiança absoluta no Rei dos impossíveis. Maria vive a situação dos pobres, especialista em sofrimento, é a imagem atenta e solícita daquele que sofre. (“Eis a serva do Senhor”... “O senhor fez em mim maravilhas”... A saúde dos enfermos.