Compreender o ministério da distribuição de Comunhão aos doentes no domicílio

REFLEXÃO PARA COMPREENDER O MINISTÉRIO

DA DISTRIBUIÇÃO DA COMUNHÃO AOS DOENTES NO DOMICÍLIO[1]

Alguns doentes e idosos sentem-se marginalizados pela comunidade e pela família. Já não podem ir diariamente à igreja, nem sequer ao domingo. A doença e a morte são realidades humanas, não um fracasso. Não é rara a sensação de inutilidade e abandono, tentativas de suicídio, ir a curandeiros e bruxos, a seitas que apregoam a cura, a marginalização da comunidade.

Necessitam um acompanhamento pastoral mais próximo e adaptado. Os sacerdotes não podem atendê-los ao domingo nem à hora mais conveniente para o doente. Nem em todas as paróquias há equipas fixas para o seu serviço, com carisma próprio.

Para que o grande dom da comunhão eucarística estivesse ao alcance de todos, a Instrução "Inmensae charitatis" estabelecia a possibilidade de instituir ministros extraordinários da comunhão, para os doentes e, em casos especiais, também na igreja.

A Instrução “Dies Domini” sobre o domingo chamou a atenção para a obrigação de celebrar o domingo, também por parte dos doentes e de quem vive longe do centro da paróquia. O Ritual da Celebração Dominical na ausência do presbítero, insiste em que os ministros extraordinários associem os doentes à celebração da comunidade.

O magistério pastoral atual da Igreja insiste na promoção do protagonismo dos leigos, e na resposta às necessidades mediante agentes de pastoral. Não é preguiça dos sacerdotes, nem uma moda, nem autoritarismo laical, nem um prémio. O ministério é um serviço permanente na comunidade, para responder a uma necessidade, e exercido oficialmente com aceitação dessa mesma comunidade.

Não se trata tanto de criar ministros, mas de os descobrir, discernir se o fazem por vocação, proporcionar-lhes formação até ao seu reconhecimento oficial. Na Igreja todos exercemos os nossos dons e carismas ao serviço da comunhão eclesial. A comunhão eclesial tem o seu signo e plenitude na comunhão sacramental.